Manifestamos que:
1. A pobreza e a exclusão social não são uma fatalidade, mas antes o resultado de um mundo injusto e desigual e não se resolvem apenas com sobras ou gestos de generosidade esporádica. As causas da pobreza e da exclusão social só podem ser eliminadas modificando os factores económicos, sociais e culturais que geram e perpetuam as condições favoráveis a elas. A pobreza é um atentado aos Direitos Humanos, que deve ser erradicada em todos os países;
2. A campanha Pobreza Zero luta contra as causas estruturais determinantes da pobreza e da exclusão social, e desafia as instituições e os processos que perpetuam a pobreza e a desigualdade no mundo. Trabalhamos pela defesa dos direitos humanos, pela equidade de género e pela justiça social;
3. O mundo em que vivemos é um mundo de abundância e nunca como hoje foi tão possível erradicar a pobreza – nunca houve tantos recursos financeiros e tecnológicos disponíveis que permitam erradicar para sempre a pobreza extrema do nosso planeta. Deve também reconhecer-se que a pobreza em Portugal, tal como a nível mundial, não é devida à falta de recursos. O problema reside no facto de a pobreza continuar a ser vista como uma questão periférica, pretensamente resolúvel por políticas e medidas periféricas e residuais;
4. Na nossa acção queremos pressionar os governos para que erradiquem a pobreza, diminuam drasticamente as desigualdades e alcancem os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Pedimos:
* Prestação pública de contas, governação justa e o respeito pelos direitos humanos;
* Justiça no comércio global;
* Aumento substancial na quantidade e na qualidade de ajuda (0,7% do RNB até 2015) e no financiamento para o desenvolvimento;
* O cancelamento de dívidas dos países mais pobres e de rendimento médio;
* A tomada de medidas politicas que visem a mitigação das alterações climáticas, de forma a que os países poluidores paguem os danos causados no meio ambiente;
* O apoio internacional à concretização de medidas de adaptação às alterações climáticas, nos países e comunidades mais vulneráveis, com recursos adicionais aos da ajuda pública ao desenvolvimento;
* O fim dos bloqueios culturais e comportamentais que a pobreza persistente gera nos pobres, comprometendo a sua capacidade de vencer a situação e de utilizar os meios postos ao seu dispor;
* Integrar, nas diferentes políticas públicas, objectivos, estratégias e instrumentos que visem a remoção das causas estruturais da pobreza e da exclusão;
* Promover a mudança de mentalidade dos não-pobres, superando preconceitos acerca da pobreza e suas causas e estimulando comportamentos mais solidários;
* Que a equidade de género seja reconhecida como elemento central na erradicação da pobreza.
Por isso agimos, mobilizando a sociedade civil, para que, unida nesta luta, pressione o governo português e as instituições poderosas para que:
» Incluam nas suas agendas o objectivo da erradicação da pobreza no mais curto período de tempo;
» Adoptem níveis salariais, pensões e prestações sociais mínimas que não fiquem aquém do limiar da pobreza e aumentem a eficácia e eficiência das transferências sociais e demais políticas sociais;
» Reduzam drasticamente as emissões de gases de efeito de estufa e proporcionem recursos adicionais (para além dos 0,7% do RNB) para o apoio a países em desenvolvimento;
» Acabem com os conflitos armados, ocupações, guerras e as violações sistemáticas dos direitos humanos que as acompanham, e trabalhem com vista à desmilitarização de modo a assegurar a paz e a segurança humana;
» Todos os governos prestem contas aos seus povos e tenham transparência no uso dos recursos públicos, desenvolvam estratégias anti-corrupção pró-activas e consistentes com as convenções internacionais;
» Protejam jurídica, física, social e economicamente os direitos das crianças, incluindo as crianças afectadas por conflitos e/ou catástrofes e carentes de acesso a serviços públicos de qualidade;
» Garantam o direito à informação e à liberdade de expressão, incluindo a liberdade de imprensa e de livre associação;
» Assegurem a participação da sociedade civil nos processos de orçamentação;
» Assegurem serviços públicos universais e de qualidade para todos (saúde, educação – incluindo a alfabetização de adultos – água e outros);
» Promovam regras de comércio internacional e políticas nacionais de comércio que assegurem modos de vida sustentáveis, os direitos das mulheres, crianças e povos indígenas, conduzindo à erradicação da pobreza;
» Garantam um aumento substancial na qualidade e na quantidade de recursos necessários para a erradicação da pobreza, a promoção da justiça social, a realização dos ODM, a equidade de género e a garantia dos direitos das crianças e dos jovens;
» Revertam a fuga de capitais dos países pobres para os países ricos, identifiquem e repatriem os activos roubados, por meio de acções contra paraísos fiscais, instituições financeiras, multinacionais e outros actores que facilitem esse processo.
Pretendemos mobilizar o máximo de pessoas possível, de modo a mostrar o poder da sociedade civil unida na luta por uma causa global e solidária. É preciso pôr um fim à pobreza. Juntos somos capazes de acabar com a pobreza!
Junta-te a nós! E levanta-te enquanto durar a canção do Bob Marley!
14 comments:
Estou levantada contra a pobreza.
Abraço, rico.
No ano passado, suponho, digo suponho, porque o tempo voa-nos por entre os dedos. Mas, no ano passado a Amnistia Internacional - Delegação de Aveiro, realizou um debate sobre esta campanha. A partir dessa noite comecei a ter mais cuidado com pequenos gestos do dia-a-dia, mas que no final podem ajudar a um mundo melhor.
E agora com a Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência foi outra iniciativa que me fez sair de casa a um dia de fim-de-semana e ir fazer uma caminhada pela avenida.
Acho que todos devíamos ter cuidado e pensar sempre no melhor para os outros.
Olá meu lindo amigo.
Estou de acordo com algumas coisas do seu texto.
Mas devemo muitas das vezes a classe da pobreza, por esse governo que não olha para as classes menos favorecidas.
Não existem igualdades, a classe está muito desigual.
Uma semana de muitas realizações e paz.
Beijinhos, amigo.
Regina Coeli.
concordo e subscrevo por mais...temo dizer-te que me estou a tornar rafuspartidosa (isto não sou bem, mas é tipo partidaria do rafeiro o sentido...apesar de não fazer assim lá muito sentido..ou faz??percebes não percebes..ups...tá tudo a ficar enevoado acho que é melhor parar com verborreias...oooohh estou a disperçar...FUI.OVER)
Amigo R. Perfumado,
Não porque não goste de rafeiros,não bem pelo contrário,tive um refeiro que se pirou...e depois um Serra da Estrela que me foi roubado.
Bem não vim cá por nada disso, mas gosto de saber o nome das pessoas, um dia explico-lhe porquê.
Caro amigo, percebi no seu texto a concurso no Aldeia da Minha Vida, que tem um humor acutilante, eu adoro dar umas boas gargalhadas, seremos seguramente bons amigos.
Agradeço a sua visita ao Rau, e voltarei. até porque não li nada....ainda, no sei Blogue, mas já me fiz seguidora.
Vou-me perfumar...primeiro ao banho ;))))
Um abraço
Ná
Olá amigo,
Eu me confesso...ainda não li o texto, mas vou ler, I swear!!!
A ver se o link entra aqui, o mesmo que deixei na Aldeia da minha Vida.
http://elfyourself.jibjab.com/view/JInnjVffhD5HZoJx9NXW
Bem já agora, aproveito para dizer aqui aos teus seguidores que são precisos comentários no teu texto a concurso... Toca a mostrar a amizade...depois o texto está demais.
Ah! e depois dia 28 é VOTAR!
Beijinhos
Ná
Concordo plenamente,assino e sublinho.
Um abraço
Amigo Jorge,
Só hoje li o teu texto completo.
Parabéns! Estou contigo! Estou em todas as causas sobretudo na minha página do facebook, mas também no Dicerse Texts ans Stories e de vez em quando vai um para o Sempre Jovens e para o Rau.
Há um Blogue de uma amiga que tens que conhecer, Sustentabilidade não é Palavra é Acção, da Manuela Araújo.
Vamos trabalhar nesse sentido conjuntamente, exigir a erradicação da fome no Planeta.
Get up! Stand up! Don't forget to fight for your rights!!!
Beijinho
Ná
2010 ano de luta contra a pobreza, devia ser sempre. Estou convosco!
`Há muitos modos de pobreza, a real e a fingida, ou seja verdadeira e falsa, há pobeza de espirito, moral, e material, infelizmente pobreza há muita
Saudações amigas
LopesCa, outra coisa não seria de esperar de ti. Beijo!
Paulo Sempre, retribuo o abraço, sem forretices.
Sara, e que esses pensamentos e acções não se resumam aos dias internacionais, mas a uma forma de vida.
Deusa Odoyá, tens toda a razão, mas faz parte da natureza humana sermos diferentes, o que infelizmente se confunde com diferenciação. Beijinhos.
Saltos Altos, por acaso não percebi lá muito bem. Queres dizer que se eu tiver merchandising compras os artigos, é? ;)
Fernanda, é um prazer receber-te aqui, e ler os teus comentários, sempre sentidos e sinceros. Espero que possamos continuar neste alegre convívio, sinceramente. Beijinho!
Fernanda II, não precisas de jurar, eu próprio tive de o ler em prestações! ;) Beijoca!
J.Ferreira, e sublinhado de alto a baixo! Grande abraço!
Fernanda III, tenho de ir ver se te descubro no Facebook, então, para te conhecer um bocadinho melhor. Beijoca, Ná!
Tulipa, 2010 e seguintes, mas já seria bom começar por este ano. Beijo!
C Valente, felizmente em relação à pobreza de espírito podemos fazer algo, nem que seja virar as costas. Abraço!
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